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Funcionários de supermercados ameaçam deflagrar greve na próxima semana em Teresina

A categoria é contra a proposta dos donos dos supermercados sobre a Convenção Coletiva de Trabalho 2022

Alinny Maria

Sexta - 17/12/2021 às 12:11



Foto: Ãlinny Maria Supermercado em Teresina
Supermercado em Teresina

Os funcionários de supermercados de Teresina ameaçam entrar em greve ainda neste ano. Na próxima terça-feira (21), os trabalhadores irão se reunir em assembleia geral para discutir a possibilidade de greve. A categoria é contra a proposta dos patrões sobre a Convenção Coletiva de Trabalho 2022.

Segundo os trabalhadores, os donos de supermercados querem a reposição salarial que não chega ao índice da inflação (INPC), zero de ganho real, transformar as horas extras em compensação, acabar com o pagamento do domingo trabalhado e abrir aos feriados sem pagamento de hora extra.

Já a proposta do Sindicato dos Comerciários propõe o reajuste linear pelo INPC (inflação) para o piso salarial, ticket, domingo trabalhado, mais 5% de ganho real, além do pagamento do vale transporte em dinheiro, transporte na saída a partir das 20 horas e a manutenção da Convenção de Trabalho anterior.

"Os donos de supermercados querem retirar todos os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras de supermercados de Teresina conquistados ao longo de mais de 20 anos. Esta é a contraproposta dos donos de supermercados apresentada na mesa de negociação para fechar a Convenção Coletiva de Trabalho 2022", informa o Sindicato dos Comerciários de Teresina (Sindicom).

Diante dos fatos, o Sindicom convoca toda a categoria para discutir e deliberar sobre as contrapropostas do setor patronal para uma assembleia geral na próxima terça-feira (21), em duas convocações, sendo às 9 horas e às 18 horas, na sede do Sindicato, no Centro de Teresina.


Caso as negociações entre os sindicatos e os patrões não cheguem a um entendimento, a possibilidade de greve no setor de supermercado será discutida e votada na assembleia do dia 21 de dezembro.

Ainda segundo o Sindicom, o setor de supermercados foi o que mais lucrou e trata os empregados e empregadas de forma indigna, desqualificando e retirando o valor do trabalho.

"Este setor que mais lucrou e explorou os trabalhadores e trabalhadoras ainda colabora para massacrar a população mais pobre, com os preços exorbitantes e fora de controle da cesta básica. Com o valor que comprava a cesta básica a dois anos atrás, os trabalhadores não compram hoje um terço dos produtos da cesta básica", conclui o Sindicom.

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