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Férias merecem mais atenção com os riscos de exposição solar no Piauí

A prevenção é a melhor forma de se proteger contra os riscos dos raios solares

Bruna Raryana / Estagiária sob supervisão

Quarta - 12/07/2023 às 15:34



Foto: Arquivo Praia de Atalaia, em Luís Correia
Praia de Atalaia, em Luís Correia

Com a chegada do período de férias escolares muitas famílias saem para passeios nas praias, rios e açudes, que são uma opção de lazer fácil e divertida para a criançada. Mas é também nessa época que os raios solares começam a ficar mais fortes no Piauí o que requer uma proteção maior com a pele nesses determinados locais. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) o Brasil registra, a cada ano, 185 mil novos casos de câncer.

A exposição solar sem as devidas precauções pode trazer riscos graves à saúde como câncer de pele, queimaduras e também piorar crises de doenças como lúpus, herpes e rosácea.  O Piauí Hoje conversou com especialista em dermatologia para alertar a população dos efeitos nocivos a curto e longo prazo da ação da luz solar no organismo.

O Nordeste brasileiro é a região do país predominantemente mais ensolarada. Essa característica tem como benefício a abundância das vitaminas advindas do sol. Após o contato com a luz solar, os raios ultravioletas - UVB, atingem a epiderme, que produz uma reação fotoquímica responsável pela vitamina D. Essa vitamina tem como função no corpo humano de aumentar a absorção de cálcio e fósforo no intestino e estimular a mineralização dos ossos e a função muscular. Sem a ação da vitamina D em nosso organismo, teríamos ossos fracos e sem força muscular adequada. A vitamina D pode ser encontrada em alguns alimentos como peixes e cogumelos, mas uma das melhores fontes ainda é o contato direto da pele com a luz solar.

Porém, a exposição ao sol deve ser feita de forma responsável e segura. A dermatologista Fernanda Ayres fala que para que o contato com os raios UV sejam feitos de forma segura, é necessária uma série de precauções. Iniciando pela proteção, ela comenta que podem ser utilizados proteção química, que é o caso dos protetores solares e também a proteção física, como é o caso de roupas que possuem proteção solar e sombrinhas, assim como priorizar o tráfego por vias que estejam na sombra. “Além disso, é necessária a ingestão de quantidade adequada de líquido, que auxiliará na hidratação do organismo e da pele”, aconselha.

Fernanda Ayres / Foto: Divulgação

A aposentada Maria do Carmo, 61 anos, contou que durante a adolescência achava bonito o tom rosado da pele. E para ficar assim, passava horas exposta ao sol, sem nenhuma proteção. Com o passar do tempo, percebeu que sua pele estava mais fina e que aos poucos começaram a surgir pequenas manchas, que permanecem até hoje. “Agora que estou mais velha vejo as consequências. Minha pele está manchada, rebelde. E os médicos já me confirmaram que o motivo foi a quantidade de sol que peguei. Hoje gasto com produtos de pele, porém, vejo pouca melhora”, desabafa.

 Maria do Carmo

USO DO FILTRO

A dermatologista também sugere a reaplicação do filtro solar a cada duas horas, tanto para crianças quanto para adultos, não esquecendo das orelhas e colo. Para crianças com menos de seis meses, não é indicado o uso de protetores solares, para elas, o ideal é o uso de roupas com proteção UV.

Ela enfatiza a necessidade de se evitar a exposição solar nos horários de dez da manhã às dezesseis da tarde, pois é o período com maior incidência dos raios, causando efeitos nocivos à pele. “É importante ressaltar a escolha correta do fator de proteção (FPS) dos protetores solares. Pessoas com a pele mais clara, devem procurar filtros solares com FPS maiores”, finaliza.

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