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CLIMA

Com índices de umidade desérticos no Piauí, crescem as doenças respiratórias

Especialista dá dicas de como se prevenir do problema

Bruna Raryana / Estagiária sob supervisão

Quarta - 19/07/2023 às 17:30



Foto: Ângela Carvalho Baixa umidade do ar no Piauí
Baixa umidade do ar no Piauí

O Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil (INMET) divulgou, dia 18 de julho, um boletim de aviso informando o risco potencial da baixa umidade do ar no Piauí. O boletim informou um grau de severidade laranja em 82 municípios do estado, podendo variar de 20% a 12%. Esse nível de umidade apresenta risco de incêndios florestais, ressecamento de pele e desconfortos nos olhos, boca e nariz. Também foi divulgado grau de severidade amarelo para 142 municípios apresentando variações entre 20% e 30%.

O médico especialista em otorrinolaringologia  Hardynn Tavares explica que a baixa umidade do ar dificulta a filtração e purificação do ar pelo nariz. “O nosso nariz aquece, filtra e umidifica o ar e necessita de um ar de qualidade. Se o ar naturalmente já está com uma baixa qualidade ele entrará já prejudicado, induzindo a crises de quadros alérgicos e problemas de infecção recorrentes ", afirma.

Hardynn Tavares / Divulgação

O especialista relata que as faixas etárias mais prejudicadas nessa situação climática são tanto os idosos quanto as crianças, abaixo de dois anos, que possuem uma sensibilidade maior ao tempo seco. Ao identificar sintomas como boca, nariz e olhos ressecados, sede excessiva ou dores de garganta o ideal é aumentar a ingestão de líquidos, priorizando a água. Para que assim seu corpo consiga repor a água que está sendo evaporada com mais facilidade.

Os índices de umidade do ar em desertos variam de 16% a 20%. Nos últimos dias, a população piauiense vivenciou índices desérticos no seu dia a dia com a chegada do período mais quente do ano. A jornalista e radialista Ângela Carvalho conta que, após o período chuvoso do ano, que geralmente termina por volta do mês de junho, seu corpo começa a ter reações causadas pelas altas temperaturas e a queda na umidade do ar.

Ângela Carvalho - Foto: Divulgação

“Geralmente minha garganta começa a inflamar, meu nariz começa a escorrer e olhos a lacrimejar com mais frequência que o normal”, relata. Ângela conta que, nos últimos dias, suas crises de amigdalite são mais intensas por conta da diminuição brusca da umidade do ar. Segundo a jornalista, os sintomas também são resultado de pouca hidratação.

Hardynn Tavares ressalta a importância da hidratação. “Uma forma interessante de se policiar é sempre andar com uma garrafinha, contando a quantidade de água em que se está ingerindo durante o dia para ter um controle”. Um adulto de até 70 kg deve ingerir, no mínimo, dois litros e meio de água por dia. Enquanto para crianças de um a três anos deve ser de, no mínimo, um litro e meio ao dia.

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