Cidade

Cesta básica de Teresina é a segunda mais cara do Nordeste

O valor da cesta na capital piauiense chega a custar quase metade do valor do salário mínimo

Quinta - 06/10/2016 às 16:10



Foto: Reprodução/Google Teresina tem a 15ª cesta básica mais cara entre as 27 cidades pesquisadas Dieese
Teresina tem a 15ª cesta básica mais cara entre as 27 cidades pesquisadas Dieese

A Cesta Básica do mês de setembro em Teresina custou R$ 402,34. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Teresina possui a segunda cesta básica mais cara do Nordeste, que custa R$ 402,34, perdendo apenas para Fortaleza que tem R$ 415,94. Em terceiro lugar aparece Maceió, onde a cesta está custando R$ 394,75.

O custo do conjunto de alimentos básicos registrou alta de 0,65%, em relação ao valor calculado no mês anterior. Desta forma, o valor da cesta na capital piauiense chega a custar quase metade do valor do salário mínimo. Teresina tem a 15ª cesta básica mais cara entre as 27 cidades pesquisadas Dieese.

Cesta básica em Teresina é a segunda mais cara do Nordeste

Nos nove primeiros meses do ano, a alta acumulada foi de 17,10%. Entre agosto e setembro, dos 12 itens alimentícios pesquisados, nove registraram aumento e três apresentaram queda de preço. As elevações foram observadas no preço do café em pó (6,20%), tomate (4,96%), farinha de mandioca (2,65%), manteiga (2,21%), do arroz agulhinha (1,56%), carne bovina de primeira (0,59%), do pão francês (0,52%), do açúcar cristal (0,33%) e do leite integral (0,19%). As retrações ocorreram no preço do feijão carioca (-3,19%), da banana (-1,40%) e do óleo de soja (-0,51%).

O café seguiu em alta pelo quarto mês consecutivo e sofreu aumento de 6,20%. Preços internos elevados da variedade robusta, devido à baixa oferta, atrelado a menor demanda da variedade arábica e cotações internas impulsionadas pela forte valorização do dólar frente ao real, sustentaram a alta do preço do produto.

O tomate após meses de queda, teve seu preço majorado desde o mês de agosto e apresentou variação de 4,96% em relação a setembro. As adversidades climáticas nos estados produtores ocasionaram na elevação do preço do produto.

O preço do quilo da farinha mandioca continua elevado, registrando variação de 2,65%. A baixa disponibilidade da matéria-prima, atrelada à expectativa de preços mais altos por parte dos mandiocultores, que postergaram a comercialização, influenciou na alta do preço da raiz.

A manteiga, derivada do leite, seguiu em alta e registrou alta de 2,21%. O preço do leite integral subiu 0,19%. Apesar da elevação do preço na capital, o aumento na captação de leite e a fraca demanda interna sinalizam para uma queda do preço desses produtos.

O quilo do arroz aumentou pelo quarto mês seguido e registrou variação de 1,56%. A menor demanda das indústrias de beneficiamento e a oferta restrita dos produtores, que aguardam o melhor momento para comercialização do produto impactaram no aumento do preço no varejo.

O feijão carioquinha, depois de sete meses em alta, apresentou retração desde o mês de agosto. O preço do quilo caiu -3,19% em decorrência da oferta da safra de inverno associada à fraca demanda, influenciando na queda do preço.

Teresina tem a 15ª cesta básica mais cara entre as 27 cidades pesquisadas Dieese

Cesta x salário mínimo em Teresina

O trabalhador teresinense, necessitou cumprir, em setembro, jornada de 100 horas e 35 minutos adquirir os produtos da cesta básica, ligeiramente maior que o tempo necessário calculado em agosto, de 99 horas e 56 minutos.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após os descontos previdenciários, verifica-se que o trabalhador teresinense, remunerado pelo piso nacional, comprometeu, em setembro 49,70% dos vencimentos com a cesta. Em agosto, o percentual exigido era de 49,37%.

Fonte: Alinny Maria/Dieese

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: