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Bebê que sofreu abuso sexual fez cirurgia de reconstrução genital

Médicos de denunciam o alto número de casos de violência sexual contra crianças

Segunda - 08/08/2016 às 15:08



Foto: Reprodução/google Entrevista coletiva nesta segunda-feira
Entrevista coletiva nesta segunda-feira

Ao conceder entrevista coletiva nesta segunda-feira, 8, a coordenadora do Serviço de Assistência às Vítimas de Violência Sexual (Samvvis), médica Maria Castelo Branco, disse que o bebê que sofreu abuso sexual passou por uma cirurgia de reconstrução total da área genital. A menina foi vítima de violência no bairro Santa Fé, em Pedro II, na madrugada deste domingo, 7.

A médica disse que 80% das vítimas que chegam ao Samvvis são de crianças de zero a 18 anos e esta seria somente mais um caso.  “O estado de saúde em que a criança chegou aqui era muito grave. Muito dilacerada, de uma violência que não se entende. Fisicamente ela passa bem, mas é preciso que ela tenha acompanhamento psicológico. Não há risco de morte”, declarou a médica Maria Castelo Branco. 

Segundo a médica, a rede de combate à violência sexual não pode ficar isolada e hoje o sentimento da equipe é de “estar trabalhando para bandido”. Ela dá exemplo dizendo que houve uma tentativa de abuso contra uma criança de oito anos, onde o agressor foi preso e que era necessário um laudo às 3 horas da manhã, para mantê-lo preso, no entanto, mesmo o Samvvis tendo dado o laudo, o agressor foi solto. 

Conheça o caso

A mãe da criança morava em São Paulo e veio para o Piauí, onde mora com a mãe e tinha saído para uma festa. Quando retornou à casa, a janela estava aberta e sua filha não estava no quarto. 

A médica informou que pelo quadro clínico da menina, houve tentativa de coito anal. A criança está consciente após a cirurgia 

O diretor clínico da Maternidade, Joaquim Parente, disse que uma equipe multidisciplinar está atendendo a bebê e a família e que ainda vai se buscar qual é o impacto na esfera emocional para criança. 

A delegada Camila Rodrigues, responsável pelo caso, comentou que a polícia já tem suspeitos do crime, que tiveram seus nomes apontados por familiares da criança. "Mas nós ainda não podemos divulgar nada, nomes sempre aparecem, mas isso será apurado", completou. 

Ela destacou que ainda não há apuração conclusiva sobre a possibilidade de estupro coletivo, mas declarou que mais de uma pessoa podem ter participado do crime. "Não se pode confirmar ainda, apenas com o passar dos dias, as apurações, teremos certeza", destacou. 

Fonte: Da Redação

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