Quase todos os postos de combustíveis de Teresina funcionavam 24 horas, mas agora apenas cerca de 20% atendem depois das 22h. Há muito tempo esses estabelecimentos vem sendo alvos fáceis de criminosos, realidade que põe medo em clientes e principalmente nos funcionários.

Muitos frentistas reagem ao assalto e o pior acaba acontecendo. Segundo a Federação Nacional dos Postos de Combustíveis, de 2012 até os primeiros meses de 2013, 25 frentistas morreram durante a ação de bandidos em todo o país. Somente em Teresina, foram cerca de 60 assaltos entre janeiro e março deste ano.

Sebastião Oliveira, diretor do Sindicato dos Empregados de Postos de Combustíveis. “A nossa preocupação é que o pai de família sai de casa e não sabe se volta. Se você vai para o trabalho preocupado, você não rende na empresa”, diz.
Um frentista que não quis se identificar disse que só está na profissão porque precisa do emprego e que, além dos riscos, muitos vezes tem descontado do salário o valor que é levado pelo assaltante. “Eles falam para a gente ficar com pouco dinheiro e que se ficar com mais e o ladrão levar,o valor será descontado do salário”, afirma.

José Couto, representante do sindicato dos proprietários de postos de combustíveis de Teresina afirma que isso acontece apenas em alguns casos. “O frentista foi assaltado hoje ele tinha um valor maior do que deveria e daqui a 15 dias ele é assaltado novamente com mais dinheiro, ele vai ter que pagar uma vez para aprender que não pode fazer aquilo”, explica.