Educação

Caminhoneiro mata a filha de cinco meses a pancadas

Piauí Hoje

Segunda - 26/01/2009 às 03:01



O caminhoneiro Mário Domingos da Silva, de 49 anos, foi preso em flagrante e está recolhido na ala de transição da 21ª Superintendência de Polícia Civil do Sudeste do Pará. Na madrugada de ontem, ele matou a filha, um bebê de apenas 5 meses. Evelin dos Santos Silva foi espancada, atirada na parede e jogada no chão a ponto de desmaiar. Quando foi socorrida foi levada ao hospital municipal, pelo próprio pai, mas já não havia mais tempo de salvá-la. O choro do bebê irritou o caminhoneiro, motivo que o levou a cometer o infanticídio.A mãe da criança, Ana Paula dos Santos de Lima, 21, vivia há dois anos com o paranaense. Ela ainda tentou tirar a filha das mãos do agressor, mas não conseguiu conter o marido. A tragédia ocorreu na Folha 35 da Nova Marabá, onde o casal e o bebê moravam em uma quitinete. O clima, na manhã de ontem era de consternação e revolta entre os vizinhos. Mário Domingos já está sendo tachado de "Monstro da 35". O enterro será na manhã de ontem, no cemitério da Folha 29 da Nova Marabá.Mário Domingos tem um histórico de violência. Costumava bater em Ana Paula, inclusive de cinto. Constantemente aplicava palmadas no bebê. Fatos que só vieram à tona ontem, devido o crime. Ana Paula preferiu esconder da família sofrimento ao qual era submetida, com medo de irritar ainda mais o marido truculento.Domingos nutria um ciúme doentio pela companheira e qualquer situação era motivo para espancá-la. "Mas ele tinha o cuidado de não deixar marcas no meu corpo, para evitar que eu fosse denunciá-lo", desabafou a mãe da criança à reportagem, em Marabá. Paula inclusive já estava pensando em se separar, porque não aguentava mais ver a filha apanhando. Ainda anteontem a jovem tinha conversado sobre a possibilidade de separação com a mãe dela, Raimunda Rocha. No início da madrugada de ontem, o relacionamento conturbado teve o fim trágico.Muito emocionada, Ana Paula quase não conseguia conversar com a reportagem. A voz era sempre embargada pelo soluço. "Eu sou a culpada de tudo. Devia ter me separado daquele monstro", repetia sempre. Familiares mais próximos tentavam confortá-la.O acusado gostava de beber, segundo informações de alguns vizinhos. "Ele não bebia, comia com farinha", ironizou um mecânico vizinho, que prefere não se identificar. Na noite do crime, porém, Domingos estava sóbrio. "Ele se irritou porque a menina começou a chorar", informou Ana Paula. Ela disse que lutou bastante com o marido para tentar pegar a menina de volta, mas não conseguiu.Quando a criança já estava desmaiada, com um soluço entalado na garganta, gemendo baixinho, a mãe entrou em desespero. Mesmo assim, conta, o caminhoneiro não permitiu que ela saísse em busca de socorro, fechando a porta da kitchenette. O fato ocorreu pouco depois da meia-noite. "Ele trancou a porta e não deixou eu sair, apesar dos meus gritos. Ele mandava eu calar a boca e me ameaçava", contou, ainda, a mãe da vítima. "Te cala que ela (a criança) não vai morrer, não vai acontecer nada com ela", teria dito o motorista. Ele não estava embriagado e nem drogado, confirma Paula.

Fonte: Jornaldebrasilia

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