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O dia 8 de setembro é o Dia Mundial de Combate à Raiva, doença letal e sem tratamento comprovado. Como parte da estratégia de prevenção da doença, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) realizará a Campanha de Vacinação Antirrábica, cujo Dia D será próximo dia 20, em 340 postos distribuídos em pontos estratégicos nas quatro regiões da cidade.

A meta é imunizar mais de 100 mil cães e gatos nas zonas urbana e rural de Teresina. “A Raiva é viral e a prevenção é a vacinação dos animais domésticos, que são os principais transmissores da doença”, afirma a gerente de zoonoses da FMS, Oriana Bezerra. A gerente de Zoonoses enfatiza ainda que a vacina antirrábica não imuniza animais silvestres, como sagui e raposa.

“Muitas vezes, algumas pessoas criam esses animais silvestres e pedem para levar a vacina para aplicar neles. A vacina não imuniza esses animais contra a Raiva. O mais adequado é os seres humanos não terem contato direto com esses animais”, explica Oriana Bezerra.
A Raiva é uma doença aguda do sistema nervoso central, que pode acometer todos os mamíferos. Cães e gatos podem ser vacinados a partir dos três meses de vida. Animais gestantes também podem e devem ser imunizados.

A FMS quer imunizar o maior número de animais no menor espaço de tempo possível e pede o apoio da população. Desde 1986, Teresina não registra casos de Raiva em seres humanos. No Piauí, dois casos da doença em humanos foram registrados em 2013, ambos em consequência do contato com animais silvestres. O primeiro se deu em Parnaíba, e o segundo ocorreu no município de Pio IX. Ambos foram desencadeados pela mordida de saguis, animais muito presentes em parques, praças e até mesmo nos quintais de casas.

As principais espécies transmissoras do vírus da raiva são o macaco-prego, o sagui, a raposa e o morcego. Devem ser evitadas a captura, a caça e a alimentação destes animais. Em caso de mordida por um animal silvestre, a vítima deve procurar atendimento médico urgente e notificar o Ibama. Também é importante o cuidado com animais encontrados caídos no chão: eles não podem ser tocados, e caso estejam mortos a Gerência de Zoonoses da FMS deve ser notificada para que realize a exame de detecção da raiva.