Brasileiros ficam isolados na Argentina devido a cinzas de vulcão

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Mesas e cadeiras ficaram tomadas pelas cinzas

Mesas e cadeiras ficaram tomadas pelas cinzas Foto: agencias

 O casal de brasileiros Harmonny Souza, 22 anos, e Vinícius Macedo, 23 anos, está na cidade turística de São Carlos de Bariloche.  Eles. disseram que chegaram com a expectativa de ver neve, mas que acabaram vendo apenas as cinzas do vulcão acumuladas nas ruas sul da Argentina, sem poder retornar para casa devido aos efeitos das cinzas do vulcão do complexo Cordón Caulle-Puyehue, no Chil.

O vulcão  entrou em erupção no último sábado. Harmonny disse, por telefone, que a energia elétrica retornou somente no início da tarde de ontem à cidade, onde há pouca presença de brasileiros.

O setor de turismo espera maior presença dos viajantes a partir de julho, quando começa a temporada oficial de neve na região da Patagônia argentina. “Nós chegamos aqui no dia 1º e voltaríamos no dia 9, mas a (companhia aérea) Aerolíneas Argentinas nos avisou que não haverá voos pelo menos até domingo”, disse Harmonny.

Segundo ela, moradores da cidade disseram que a última nuvem de cinzas como esta demorou mais de um mês para ser dissipada, quando o mesmo complexo vulcânico entrou em erupção, em 1960.
Cinzas no lugar da neve.

Harmonny disse que ela e o namorado chegaram com a expectativa de ver neve, mas que acabaram vendo apenas as cinzas do vulcão acumuladas nas ruas e tetos das casas e hotéis. “A nossa impressão aqui é que parece que houve uma ressaca, como aquelas do mar de Copacabana, e a areia invadiu tudo. Só que a areia aqui é cinza. Todo mundo tira fotos porque é um fenômeno muito diferente do que os moradores também estão acostumados”, afirmou.

Ela disse que poucas pessoas circulam nas ruas de Bariloche e que as cinzas não provocaram nada de diferente à sua saúde. “Estamos muito bem, sem problemas, tranquilos, somente torcendo para que tudo aqui volte a funcionar e a gente possa passear e voltar para casa na data prevista”. Harmonny diz que, na dúvida, ela e o namorado pegarão de volta o dinheiro dos passeios turísticos pelos quais pagaram antecipadamente e que foram suspensos.

O casal analisou a possibilidade de viajar para Buenos Aires de ônibus e, a partir da capital argentina, embarcar em um voo para o Rio de Janeiro. Ela e o namorado eram os únicos brasileiros no hotel Premier, no centro de Bariloche.

Áreas afetadas
Além de Bariloche, que está a cerca de 90 km do vulcão, as localidades de San Martín de Los Andes, a cerca de 100 km, e Villa Angostura, a 40 km, também foram afetadas. O governador da província de Neuquén, Jorge Sapag, disse que as aulas já foram retomadas em San Martín de Los Andes, mas que o mesmo não ocorreu em Villa Angostura, que continuava sem luz na manhã desta terça-feira.

“Em Villa Angostura, faltou água e estamos tendo que abastecer casa por casa com um caminhão de água. No entanto, a situação está sob controle. Não há ninguém internado e a água é potável”, disse. O governador afirmou que as cidades turísticas deverão retomar à normalidade nos próximos dias e que a situação não é pior porque a temporada ainda não começou. No momento, todos os aeroportos da região da Patagônia argentina estão fechados, segundo informa a mídia local.

Nesta manhã, mais de 60 voos foram cancelados nos aeroportos de Aeroparque e Ezeiza, os dois principais de Buenos Aires. No entanto, era esperada para o início da tarde a retomada das operações, menos para a região da Patagônia. As cinzas atingiram mais de 10 províncias da Argentina. Por temor dos efeitos do vulcão, as companhias tinham começado a suspender por iniciativa própria seus voos, inclusive para o Brasil e os Estados Unidos, na noite dessa segunda-feira.

Fonte: agencias

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