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HOMICÍDIO

Líder quilombola é executado a tiros no Maranhão

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) lamentou a morte e apoiou a investigação

Da Redação

Segunda - 30/10/2023 às 11:03



Foto: Divulgação José Alberto Moreno Mendes, conhecido como Doka
José Alberto Moreno Mendes, conhecido como Doka

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) divulgou uma nota lamentando a morte do líder quilombola José Alberto Moreno Mendes, conhecido como Doka, que foi assassinado a tiros na frente da casa onde morava, no munícipio de Itapecuru Mirim, interior do Maranhão. O crime ocorreu na sexta-feira (27).

Doka tinha 47 anos e morava no povoado Jaibara dos Rodrigues, no Território Quilombola Monge Belo.

“Neste momento de dor e luto, estendemos nossas condolências aos familiares e amigos de José Alberto, e reforçamos nosso compromisso com a sua luta por um país mais justo e igualitário”. Ainda de acordo com a pasta, a comunidade de Monge Belo é uma das 168 do estado que aguarda titulação do território", disse o MDHC em nota.

 Ele era presidente da Associação de Moradores do Quilombo Jaibara dos Rodrigues e membro da Comissão do Território e do Conselho Quilombola da União das Comunidades Negras Rurais Quilombolas de Itapecuru-Mirim (Uniquita). O crime causou revolta e pedidos de justiça entre os movimentos populares.

A Polícia Civil do Maranhão informou que Doka estava perto de casa quando dois homens em uma moto se aproximaram e atiraram cinco vezes contra o líder quilombola. Três disparos acertaram a cabeça e ele morreu no local. 

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Maranhão disse que a Polícia Civil já abriu uma investigação para apurar os motivos do crime. De acordo com o levantamento da Federação dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares do Maranhão, Doka é o décimo quilombola assassinado no Maranhão no período de 2020-2023.

“É fundamental neste momento que a assistência disponível seja concedida aos familiares de José Alberto, as investigações sejam conduzidas de forma célere e diligente, a fim que os autores do crime sejam responsabilizados nos termos da lei, e que se avance na titulação do território quilombola de Monge Belo”, concluiu a nota do MDHC.

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