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JUSTIÇA

Justiça nega prisão de motorista de Porsche envolvido em acidente fatal em SP

A defesa alega que o caso foi uma “fatalidade” e que Fernando não fugiu do local do crime

Da Redação

Terça - 02/04/2024 às 09:48



Foto: Imagem: Reprodução/TV Globo Fernando Sastre de Andrade Filho
Fernando Sastre de Andrade Filho

A Justiça de São Paulo negou a prisão temporária de Fernando Sastre de Andrade Filho, condutor do Porsche envolvido em um acidente fatal com um motorista de aplicativo na capital paulista. 

A defesa alega que o caso foi uma “fatalidade” e sustenta que Fernando não fugiu do local do crime. Segundo os advogados, Carine Acardo Garcia e Merhy Daychoum, suposições não devem ser feitas até que os laudos periciais estejam concluídos.

A prisão temporária foi negada por falta de preenchimento dos requisitos legais. Os defensores também mencionam a “necessidade de resguardo do cliente” após o acidente, citando o receio de linchamento virtual e o choque causado pela notícia do falecimento da vítima.

A prisão temporária tem duração de 5 a 30 dias, com possibilidade de prorrogação pelo mesmo período.

Imagem: Divulgação/Polícia Civil

Entenda o caso

Fernando Sastre de Andrade Filho, condutor do Porsche envolvido no trágico acidente em São Paulo na madrugada de domingo (31), foi liberado após prestar depoimento. O acidente ocorreu na avenida Salim Farah Maluf, zona leste da capital paulista. Fernando dirigia um Porsche 911 Carrera GTS, avaliado em mais de R$ 1 milhão, quando colidiu com a traseira de um Renault Sandero, guiado pelo motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos. Infelizmente, Ornaldo não resistiu aos ferimentos e faleceu.

Fernando, de 24 anos, se apresentou à polícia 38 horas após ter fugido do local do acidente. Ele foi indiciado por homicídio doloso (quando há intenção de matar), além de responder por fuga do local do acidente e lesão corporal devido aos ferimentos sofridos pelo passageiro que estava com ele no Porsche. Inicialmente, o caso havia sido registrado como homicídio culposo (quando não há intenção de matar).

A defesa de Fernando alegou que ele estava “em estado de choque” no domingo (31). Durante o depoimento, Fernando negou ter consumido bebida alcoólica. O delegado informou que ele admitiu dirigir o Porsche, colidindo com o Sandero a uma velocidade incompatível com o limite de 50 km/h na via. A polícia investigará se Fernando frequentou bares na região antes do acidente. Mais imagens serão analisadas para entender as circunstâncias da colisão.

A Defesa de Fernando diz que vai procurar família da vítima. Advogados falaram que objetivo é prestar "solidariedade" e oferecer assistência necessária. "Obviamente, a perda não será reparada, mas minimamente prestaremos amparo necessário neste momento de tal fatalidade", finalizaram.

Fonte: UOL

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