Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Ministro da Economia, Paulo Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, cancelou uma série de reuniões que teria nesta quarta-feira (2) com senadores de diferentes partidos, após a derrota na reforma da Previdência, que tirou R$ 76 bilhões de economia do texto da proposta.
Os senadores aprovaram o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência em primeiro turno na noite desta terça-feira (1º), mas o governo não conseguiu impedir a votação de destaques (propostas de mudança no texto), entre eles o que retirou trecho aprovado pela Câmara que alterava regras do pagamento do abono salarial, e que desfalcou a economia que seria gerada com a aprovação da proposta.
Guedes tinha reuniões previstas com senadores do PP, PSD e MDB. Para integrantes da equipe econômica, o MDB foi um dos principais responsáveis pela derrota do governo no plenário do Senado. O MDB é o partido do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, que nega qualquer tipo de patrocínio do partido à derrota do governo.
Oficialmente, o ministério diz que as reuniões foram canceladas porque o governo está fechando a reforma do Estado, e nega represália. Assessores afirmam que a agenda estava marcada porque a previsão era votar o primeiro turno e já começariam a tocar o pacto federativo. Mas que os encontros caíram porque os senadores precisam terminar a votação de destaques da Previdência nesta quarta-feira (2), e não podiam desviar o foco do Senado.
Mas, segundo o blog apurou, a equipe econômica se sente frustrada com a derrota, e refaz cálculos para fechar as contas públicas.
Nas palavras de um integrante da equipe econômica, "cada bilhão a menos na Previdência tem de tirar um bilhão do pacto federativo. Não tem mágica".
Bolsonaro
Na saída do Palácio da Alvorada, na manhã desta quarta, o presidente Jair Bolsonaro lamentou a um grupo de apoiadores a necessidade de aprovar uma reforma da Previdência, mas que, sem as mudanças nas regras das aposentadorias e pensões, o país "quebra" em um período de dois anos.
Bolsonaro não foi questionado e não comentou a aprovação pelo Senado de um destaque que reduz em R$ 76,4 bilhões a previsão de economia do governo com a reforma.
Fonte: G1
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