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Emprego com carteira assinada atinge recorde superando o ano de 2023

Panorama do Mercado de Trabalho no Brasil revela crescimento na ocupação

Da Redação

Sexta - 21/06/2024 às 12:18



Foto: Agência Brasil Carteira de trabalho
Carteira de trabalho

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (21) os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) - Características Adicionais do Mercado de Trabalho 2023, revelando um panorama detalhado do cenário ocupacional no país.

Em 2023, a população ocupada alcançou 100,7 milhões de pessoas, um aumento de 1,1% em relação ao ano anterior e de 12,3% desde 2012. Esse crescimento reflete um acréscimo na taxa de ocupação, que atingiu 57,6% da população em idade de trabalhar, estimada em 174,8 milhões de pessoas no mesmo ano.

Destaca-se o aumento no percentual de empregados com carteira assinada no setor privado, que subiu para 37,4% da população ocupada em 2023, frente a 36,3% em 2022. Esse contingente de trabalhadores (37,7 milhões) é o maior já registrado na série histórica da pesquisa.

Entretanto, a sindicalização apresentou uma tendência oposta. Apenas 8,4% dos trabalhadores estavam associados a algum sindicato em 2023, frente a 9,2% no ano anterior. Esse declínio vem sendo observado desde 2012, afetando tanto homens quanto mulheres, com taxas de 8,5% e 8,2%, respectivamente.

Entre os setores de atividade, a Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura e a Administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, tradicionalmente com alta sindicalização, também registraram quedas significativas nesse indicador.

Quanto aos empregadores e trabalhadores por conta própria, esse contingente, estimado em 29,9 milhões de pessoas, permaneceu estável em comparação com o ano anterior. No entanto, houve uma redução no número de empreendimentos registrados no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), afetando principalmente o comércio e os serviços.

Esses dados evidenciam que, apesar do crescimento da ocupação, a cobertura sindical no Brasil não acompanhou essa expansão. Fatores como mudanças legislativas e o aumento do trabalho informal podem explicar esse cenário, sinalizando desafios para a representação sindical e a proteção dos direitos trabalhistas no país.

Próximos Passos e Impacto Econômico

À medida que o país enfrenta mudanças estruturais no mercado de trabalho, é crucial monitorar como essas tendências afetam a segurança e a qualidade do emprego. O IBGE continuará atualizando esses dados para fornecer insights sobre a dinâmica ocupacional e suas implicações socioeconômicas.

O lançamento dessas informações marca um marco importante para analistas econômicos, formuladores de políticas públicas e acadêmicos, interessados em entender as nuances do mercado de trabalho brasileiro e suas ramificações para a economia como um todo.

Fonte: Brasil247

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