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Confira. Refugiados sírios passam a receber Bolsa Família no Brasil

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Sexta - 16/10/2015 às 19:10



 Apesar de não poussuir um programa específico para abrigar e ajudar refugiados imigrantes, o Brasil é o país da América Latina que mais recebe sírios, com 2.097 vivendo no país atualmente, segundo o Ministério da Educação.

Este ano, com o aumento do fluxo de imigrantes da Síria em função da guerra civil que o país do líder Bashar Al-Assad vive, cerca de 400 sírios passaram a receber o Bolsa Família do Governo Federal esse ano. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Em reportagem publicada no site da BBC Brasil, o imigrante “Ali” (nome fictício) revelou que recebe em média R$ 167 por mês. “Aqui no Brasil, eu sou pobre”, diz o sírio de 34 anos. No seu país natal, ele ganhava cerca de US$ 4 mil (aproximadamente R$ 15 mil) mensais e estudava pós-graduação.

Assim como Ali, muitos têm qualificação profissional, mas o idioma acaba sendo uma barreira difícil de transpor. “Principalmente no período de chegada, eles têm renda zero. É preciso analisar o que está acontecendo”, aponta Larissa Leite, integrante da organização Cáritas-SP, responsável por auxiliar refugiados, à publicação.

Sírios assistem ao jogo do Santos, mês passado. (Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC)
Enquanto o governo não tem um programa específico de apoio ao imigrante, o Bolsa Família acaba sendo uma saída, mas, assim como vê o secretário nacional de Renda de Cidadania do Ministério, Helmut Schwarzer, não é o suficiente.

“Possivelmente a gente ainda vai ter algum aumento [de beneficiados]. À medida que a documentação das famílias for ficando pronta, que o direito de residência for concedido, pode ser que mais famílias solicitem o benefício”, garante.Fluxo de refugiados sírios na União Europeia. Brasil recebeu mais de 2.000 deles.  Fluxo de refugiados sírios na União Europeia. Brasil recebeu mais de 2.000 deles.

No momento, os sírios são o maior grupo entre os mais de 8.500 refugiados no país. Depois deles vêm os angolanos (1.480), colombianos (1.093) e congoleses (850). É importante ressaltar que esses números são incertos, uma vez que muitas dessas pessoas não possuem registro no Brasil. Outros dois povos comuns de se ver por aqui são os bolivianos e os haitianos, encontrados principalmente na cidade de São Paulo.

Na última sexta (9), o governo Dilma Rousseff liberou em medida provisória cerca de R$ 15 milhões destinados às políticas assistencialistas a imigrantes e refugiados. Segundo a Agência Brasil, os recursos devem ser investidos em moradia, assistência jurídica, social e psicológica, além de aulas de português e também no auxílio na inserção ao mercado de trabalho.

Fonte: yahoo

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