Saúde

Bebê com o vírus da AIDS é curado, seria uma luz no fim do túnel?

Sábado - 24/09/2016 às 11:09



Foto: Divulgação Foto
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Segundo uma equipe de virologistas dos Estados Unidos, foi constatado o primeiro caso de cura funcional da Aids envolvendo uma criança que nasceu com o vírus transmitido pela mãe. O bebê recebeu antirretrovirais com menos de 30 horas após o seu nascimento e foi tratada por 18 meses, quando parou de ir às consultas e de tomar as drogas. Ao retornar ao hospital, cinco meses depois, ela ainda tinha uma carga viral indetectável.
Conforme relatado, não se trata de uma erradicação do vírus, mas sim de uma presença tão débil que o sistema imunitário tem condições de controlá-lo sem remédio. Especialistas avisam, no entanto, que é muito difícil replicar a situação em adultos contaminados com o vírus da Aids.
Também é preciso ser levado em conta que o sistema imunológico de recém nascidos é bem diferente dos adultos, pelo fato deste ainda estar em formação. O leite materno também oferece uma proteção extra nessa fase.
Ainda existe a chance de que a criança em questão seja uma privilegiada, estando enquadrada nos 1% das pessoas cujo sistema imunológico impede a reprodução do vírus, os chamados “controladores de elite”.
"Ainda não sabemos ao certo o que essas pessoas têm de especial e se isso poderá, um dia, ser replicado em outros pacientes." Explica o Dr. Esper Kallás, médico infectologista da Universidade Federal de São Paulo e do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo.
Depois que o HIV infecta uma pessoa, ele tende a se espalhar rapidamente e, então, esconde-se no DNA. É por isso que é tão difícil combatê-lo.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), estima que 42 milhões de pessoas infectadas pelo vírus HIV, das quais 95% destas vivem em países pobres ou em desenvolvimento. Segundo a própria OMS, no Brasil, das 600 mil pessoas infectadas apenas 200 mil sabem que são portadoras do vírus. As outras 400 mil, desconhecendo sua situação, englobando os que mantem relações sexuais desprotegidas e dividindo agulhas com usuários de drogas injetáveis.
Mesmo não sendo uma notícia tão positiva em meio à situação de muitos que esperam pela tão esperada cura, com certeza é uma “luz no fim do túnel” na busca de um tratamento para crianças infectadas pelo HIV.

Fonte: Radar turbinado

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