Polícia

Audiência para ouvir Cícero Branco é suspensa a pedido da promotoria

O réu é acusado de executar o prefeito Manoel Portela, em 1996, a mando do policial civil Berbadone Vale

Sexta - 27/01/2017 às 18:01



Foto: Reprodução/TV Promotor de Justiça, Regis Marinho
Promotor de Justiça, Regis Marinho

Acabou suspensa por volta de meio-dia desta sexta-feira (27), a pedido da Promotoria de Justiça, a audiência de instrução e julgamento 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí, para oitiva de 19 testemunhas no inquérito que apura a execução do então prefeito eleito de Aroazes, Manoel Portela, morto com dois tiros na cabeça em 1996.

Mais cedo, pouco antes do início da audiência, houve uma confusão envolvendo a família de Manoel Portela e dois dos advogados de defesa de Cícero Branco e Clemilton, acusado de dirigir o carro que deu fuga ao assassino. O juiz Antônio Noleto, que presidiu a audiência, acionou a polícia e ameaçou prender todo mundo.

A família se revoltou pela presença de um dos advogados de defesa, Tiago Vale, sobrinho do mandante da morte do prefeito, o policial civil Bernardone Vale, condenado no ano de 2010 a 13 anos de reclusão. Bernardone é lotado no Instituto de Identificação de Teresina e cumpre pena no regime semiaberto. Tiago e o outro advogado partiram para cima da família de Manoel Portela, mas foram contidos por outras pessoas que estavam no recinto. Eles prometeram processar os familiares de Portela.

Os advogados de defesa então tentaram adiar a sessão, alegando falta de condições emocionais de um deles para prosseguir os trabalhos, mas não conseguiu êxito.

Depois, a defesa tentou impedir o depoimento da primeira testemunha, o delegado que presidiu o inquérito, Francisco Costa, o Baretta, testemunha no caso. Baretta foi ouvido e contou em detalhes como aconteceu a morte do prefeito.

As outras testemunhas não puderam depor. O promotor de Justiça Régis Marinho pediu a suspensão da audiência, alegando o grande volume do processo.

"É um processo longo e são muitas testemunhas, que já haviam sido ouvidas. Esse caso tem 20 anos e assumi recentemente, preciso me inteirar de algumas coisas, como se irei ouvir novamente algumas testemunhas já ouvidas". O juiz vai marcar a nova data para tomada dos depoimentos.

Fonte: Redação

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