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Audiência discute reajuste e melhorias de condições nos hospitais do Piauí

Sexta - 24/02/2017 às 11:02



Foto: Divulgação Audiência
Audiência

O presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito14), Marcelino Martins, e a vice-presidente do Sindicato dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais (Sinfito), Auriane Coutinho da Silva, participaram, nesta quinta-feira (23), de audiência com secretário de Saúde do Estado, Francisco Costa, e entidades representativas dos trabalhadores da saúde para tratar de uma série de reivindicações a cerca da melhoria das condições dos trabalhadores e reajuste salarial no âmbito da saúde estadual.

Na pauta, os trabalhadores reivindicam, entre outras coisas, o reajuste salarial e a progressão, além do pagamento das gratificações em plantão extra. Contudo, por causa da ausência do secretário estadual de Administração, Franzé Silva, que também havia sido convidado para a audiência, o andamento das negociações ficou prejudicado.

"Como o secretário de Administração não compareceu, todas essas pautas ficaram prejudicadas, pois dependiam dele. Apesar disso, levamos para o secretário de Saúde a questão das gratificações em plantões extras que estão sendo ameaçadas de serem retiradas de todos os trabalhadores da saúde", explica Auriane Coutinho. 

Na oportunidade, Marcelino Martins levantou a problemática da ausência de fisioterapeutas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do Estado atuando 24h por dia, principalmente na Maternidade Evangelina Rosa, onde há o atendimento de fisioterapeutas até às 19h. Segundo o presidente do Crefito14, esse problema, mensalmente, leva dezenas de crianças a óbito ou a terem seu estado de saúde agravados. Das capitais brasileiras, Teresina é a única que não possui esse serviço.

“Esse é um dos maiores problemas que temos na saúde pública do Piauí e atinge , principalmente, os mais humildes, que não têm condições de pagar um profissional particular. Bastaria apenas a contratação de 18 profissionais para resolver essa situação, com um custo de aproximadamente R$ 70 mil para os cofres públicos. A vida está acima da Lei de Responsabilidade Fiscal. Não é justo deixar nossas crianças morrerem à míngua por causa de uma quantia tão pequena. Será que o Estado não tem de onde tirar R$ 70 mil  para salvar de 10 a 15 vidas por mês?”, questiona.

Como nenhuma das pautas pôde ser resolvida durante a reunião, uma nova audiência foi marcada para o dia 10 de março com a presença dos secretários, de Administração e Saúde e os representantes dos trabalhadores da área da saúde.

Fonte: Lourdes Pereira

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