Educação

Ataques de Israel já mataram 400 e feriram 2 mil

Piauí Hoje

Quinta - 01/01/2009 às 02:01



O Conselho de Segurança da ONU não conseguiu nesta quinta-feira (1) votar um esboço de resolução pedindo o cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, território palestino atacado por Israel desde sábado.A resolução havia sido apresentada pela Líbia, único país árabe atualmente no conselho. Os diplomatas disseram que novas negociações ocorrerão nos próximos dias. Representantes ocidentais afirmaram que falta "equilíbrio" ao texto proposto.Os pesados ataques aéreos à região palestina controlada pelo Hamas entraram em seu sexto dia, segundo testemunhas. Foram atacados o prédio do parlamento na Cidade de Gaza, o campo de refugiados de Jabalia e posições do Hamas na costa mediterrânea.Foguetes palestinos também caíram sobre as cidades israelenses de Beersheba e Sderot. O Hamas afirmou ter disparado contra uma base da aeronáutica israelense na região de Beersheva. O grupo afirmou que aviões israelenses que atacam Gaza "partem dessa base". Até agora, o número de palestinos mortos nos bombardeios chega a 400 e há 2.000 feridos, de acordo com fontes médicas palestinas. Quatro cidadãos de Israel morreram em ataques com foguetes.A situação humanitária é grave em Gaza, segundo a ONU. O Exército de Israel anunciou que permitiria a entrada no território de um comboio de 93 caminhões com ajuda humanitária, vindo do Egito.O premiê da República Tcheca Mirek, Topolanek, disse que planeja uma missão diplomática em nome da União Européia para o Oriente Médio para tentar solucionar a crise. A missão incluiria o chefe de Política Externa do bloco, Javier Solana, a comissária de Relações Exteriores, Benita Ferrero-Waldner, e o chanceler tcheco, Karel Schwarzenberg.Também nesta quinta-feira, o Papa Bento XVI pediu que a violência e o ódio "não se imponham" no mundo em 2009, fazendo uma especial alusão a Faza. Segundo o pontífice, "a grande maioria" da população israelense e palestina quer "viver em paz".Trégua rejeitada Na quarta-feira, Israel havia rejeitado uma proposta de trégua de 48 horas apresentada pela França no dia anterior.Em seguida, o Hamas disseque está disposto a aceitar um cessar-fogo se Israel concordar em interromper os bombardeiros e também levantar o bloqueio ao território palestino."A proposta não contém garantias de nenhum tipo de que o Hamas vai parar com os foguetes e o contrabando", disse Yigal Palmor, porta-voz do ministério israelense de Relações Exteriores. Segundo Israel, novos foguetes palestinos foram lançados nesta quarta contra a cidade de Beersheba.A rejeição à trégua ocorreu mesmo com o aumento da pressão internacional sobre Israel pelo fim dos ataques.O ministro francês das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, se disse contrário à iminente operação terrestre do exército israelense em Gaza. "Não desejo que haja uma ação terrestre porque acredito que não existe uma solução terrestre e que isto provocará muito mais mortes", afirmou Kouchner, entrevistado pela emissora de rádio francesa RTL. A chanceler israelense e candidata a premiê, Tzipi Livni, foi a Paris nesta quinta para se reunir com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, para explicar a recusa da trégua. O presidente palestino, Mahmud Abbas, ameaçou abandonar as negociações de paz com Israel se elas forem "contra os interesses palestino" e derem um aval à "agressão" de Israel a Gaza.Israel anunciou na quarta-feira a convocação de mais 2.500 reservistas, além dos 6.500 já convocados.

Fonte: G1

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