Arquidiocese vai arrecadar de alimentos para vítimas da seca

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 O Arcebispo de Teresina, Dom Jacinto Brito, acompanhado do Pe. Tony Batista, vigário geral e presidente da Ação Social Arquidiocesana (ASA), realizaram uma visita de solidariedade às famílias piauienses vítimas da seca e da estiagem nas dioceses de Picos, Oeiras e São Raimundo Nonato.
Durante a visita, viram e sentiram de perto o sofrimento das famílias daquela região. “Assim, sentido a dor dos nossos irmãos e irmãs que vivem no sertão piauiense, conclamamos toda a sociedade a se voltar e gritar conosco em busca de soluções imediatas, que minimizem este exacerbado e cruel o padecimento”, falou em apelo Dom Jacinto. Como gesto concreto, a Arquidiocese de Teresina realizará uma campanha de arrecadação de alimentos não-perecíveis, nos próximos dias 29 e 30 de setembro, em todas as paróquias da Arquidiocese. Em paralelo, o Arcebispo vem conversando com as autoridades responsáveis em busca de solução para a problemática deste momento de seca.

A visita teve com propósito oferecer apoio aos bispos e ao povo destas regiões com a intenção de buscar alternativas para minimizar o sofrimento de tantas pessoas que estão perdendo plantações, animais e adoecendo em função da falta de água até para matar a sede. "Estabelecemos contato com os bispos e lideranças para ouvir estes clamores. Falamos ora com o povo, ora com as lideranças, ora com os bispos. Em nossas conversas ressaltamos a dificuldade do momento, mas externamos a confiança que juntos podemos superar", conta Dom Jacinto Brito.

A programação da visita às três dioceses contou com reuniões com os bispos de cada diocese, com lideranças comunitárias e celebrações. "Ficamos profundamente sensibilizados com o sofrimento dos nossos irmãos vitimas da seca. Fomos lá com a primeira finalidade de solidariedade. E dizer que cada irmão ou irmã não esta sozinho. Estendemos a nossa mão amiga diante deste momento difícil de estiagem e de seca", relatou Dom Jacinto Brito.
Em cada uma das regiões os religiosos se depararam com as piores consequências provocadas pela falta de água. Em Oeiras, os animais estão morrendo, quase nada escapa. Já em São Raimundo Nonato, as famílias vendem suas criações, seus bens por quase nada. Lá a seca castiga mais ainda porque não há fontes de água, açudes, cacimbões. Os poucos carros pipas não atendem a todos que precisam. Há ainda a famigerada distribuição política da água. Em Picos, o êxodo em busca de trabalho e da simples sobrevivência transforma a região em um lugar de senhoras idosas e crianças. Toda a mão de obra ativa está saindo em busca do básico: trabalho. Para se ter uma ideia, a fábrica de mandioca que funcionava na região empregando 1.000 mulheres está parada por falta de matéria-prima e nem o cepo da mandioca há disponível para plantações futuras, o que pode gerar um colapso.

Fonte: assessoria

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