Durante encontro realizado no último sábado no auditório da Escola Normal e Oficial de Picos, com a presença do senador Wellington Dias (PT) e outras autoridades, o padre Gregório falou das ameaças que vem sofrendo e denunciou os principais fatores para a falta de segurança em Picos. Foi aplaudido de pé pelo público.
“Lamento a morosidade, a desorganização, falta de sintonia e de harmonia entre as Polícias, o Ministério Público e o Poder Judiciário, deixando a sociedade de Picos à mercê, vítima de tantos assaltos, de tantas agressões, sem uma ação eficaz”, criticou, acrescentando que essa desarmonia é um dos principais motivos para o aumento da violência neste município.
Segundo o padre Gregório, tanto o problema das drogas, mas, especialmente o problema da violência, vai se alastrando em Picos exatamente por conta da impunidade, da falta de ação, tanto da polícia, como do judiciário.
Então - continua o pároco - essa falta de ação, de agilidade, vai dando força para que os infratores continuem realizando seus atos de vandalismo, praticando assaltos, fazendo ameaças e promovendo a destruição. “A lei como diz o judiciário que tem atualmente, não está favorecendo a paz, a harmonia, não está favorecendo a vida e precisa ser questionada”, ressaltou.
Ameaças
Em relação às ameaças que vem sofrendo, o padre Gregório disse que em parte o problema foi resolvido, pois o jovem acusado foi levado para uma fazenda da esperança, mas a qualquer momento ele poderá retornar, por isso a tranqüilidade pode ser passageira.
O pároco lembrou que já estava mais tranqüilo quando teve que contratar seguranças particulares para a Igreja Catedral, Secretaria, dar segurança tanto ao patrimônio, como as pessoas que trabalham na paróquia. Agora, sabendo que ele está distante, todos ficaram mais calmos.
“Porém, essa calma não é completa, mas, em partes, porque a fazenda é um local que recebe as pessoas quando elas querem e não acredito que nesse curto espaço de tempo ele tenha aceitado ir novamente à fazenda, de livre e espontânea vontade. Ele é reincidente, já esteve lá duas vezes e retornou há poucos dias” - lembrou o padre Gregório.
Todavia, o pároco disse que não vai perder a esperança, embora não esteja totalmente seguro. “Vou continuar com a segurança particular lá na paróquia, porque de repente na sua liberdade, ele volta e talvez mais violento, por isso temos que nos prevenir” – concluiu o padre Gregório.
Fonte: cidadesnanet