Marinho participou de uma reunião com diretores da Air France, autoridades do governo francês e outros familiares dos passageiros – pessoas de 32 nacionalidades estavam a bordo do avião –, em Paris, e disse que as caixas-pretas estariam na cauda da aeronave, já localizada pela equipe de buscas.
Assim que as caixas-pretas forem retiradas, começa uma nova batalha entre familiares, a Air France e o governo francês: o local onde as caixas-pretas serão analisadas. Nelson defende que elas sejam levadas para os Estados Unidos, por ser um território neutro, mas enfrenta forte resistência do governo francês e da própria companhia estatal.
O presidente da Associação das Famílias e Vítimas do Voo 447 solicitou por meio da Secretaria Nacional de Articulação Social uma audiência com a presidente Dilma Rousseff para pedir que o Brasil se pronuncie oficialmente sobre o assunto.
“O governo brasileiro está nos apoiando, mas ainda não fez nenhuma declaração oficial sobre isso [a análise das caixas-pretas], o que é usado como justificativa pelo governo francês para levar as caixas-pretas para a França”, disse Nelson.
No último dia 3, corpos de passageiros que estavam no avião foram encontrados dentro de fuselagem achada no oceano Atlântico. Segundo Marinho, a operação para retirar os corpos e os destroços encontrados no mar deve começar em até três semanas e se estenderá até junho.
Fonte: uol