As mulheres indígenas que atuam como agentes de saúde no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, estão sendo vítimas de assédio sexual, segundo denunciaram as lideranças Kaingang , Guarany e Xokleng, que estiveram ontem (4), na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado. Os líderes dessas etinias denunciaram a violação de vários direitos, praticadas por representantes de órgãos públicos. Eles foram recebidos pela presidenta da CDH, senadora Regina Sousa (PT-PI) e pelo ex-presidente Paulo Paim (PT-RS).
Os líderes disseram que, além do abuso, enfrentam ameaças e a má gestão dos recursos públicos. A delegação pede o afastamento dos assediadores e do coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Interior Sul, Gaspar Luís Paschoal. Eles dizem que as acusações já foram formalizadas na Polícia Federal e na Polícia Civil do Rio Grande do Sul no dia 7 de junho.
A senadora Regina Sousa (PT-PI) garantiu aos representantes das comunidades indígenas que o colegiado vai acompanhar o caso e cobrar providências. “A Comissão de Direitos Humanos é para isso. Para dar visibilidade aos invisíveis e para dar voz aos que não têm voz”, afirmou.
Além de Regina, os senadores Paulo Paim (PT-RS), Fátima Bezerra (PT-RN), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) ouviram as denúncias e se comprometeram a cobrar providências. “É estarrecedor que as autoridades públicas responsáveis por executar as políticas voltadas para assegurar a dignidade e o bem-estar dessas comunidades sejam as primeiras a violar seus direitos”, revoltou-se Gleisi. Vanessa Grazziotin, que é procuradora da Mulher no Senado, também garantiu que vai acompanhar o caso de perto.
Fonte: Assessoria
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