Polícia

Adolescentes encerram rebelião que destruiu parte do CEM

Depois de atear fogo em colchões, um grupo subiu no telhado no centro

Quarta - 29/08/2018 às 20:08



Foto: Montagem/Paulo Pincel Rebelião no CEM em Teresina
Rebelião no CEM em Teresina

Terminou sem feridos a rebelião no Centro Educacional Masculino (CEM), na zona Norte de Teresina. A coronel Júlia Beatriz, do Gerenciamento de Crise da Polícia Militar, informou que depois de uma negociação tensa, via rádio, os 50 internos rebelados decidiram liberar o refém, um socioeducador, e retornar aos alojamentos. Muitos serão trasferidos ainda nesta noite para uma outra unidade, já que muitos dos alojamentos foram totalmente destruídos.

"A gente conseguiu que eles nos ouvissem, os ouvimos também e conseguimos chegar a um acordo. O refém já foi liberado, sem ferimentos. Nenhum adolescente se feriu”, adiantou a coronel-PM.

A principal reivindicação é que vários já concluíram o período de internação previsto nas sentenças e continuam mantidos no centro. O Judiciário vai iniciar, ainda nesta quinta-feira (30), a revisão das sentenças para liberar os adolescentes que já tiveram cumprido o prazo das medidas socioeducativas.   

Enternda o caso

Adolescentes internos no Centro Educacional Masculino (CEM), na zona Norte de Teresina, estão rebelados desde às 15h e já destruíram parte dos alojamentos. Um funcionário do centro foi feito refém e é ameaçado de morte pelos jovens rebelados.

São 130 adolescentes que estão recolhidos no CEM. Um grupo pôs fogo em colchões e depois subiu no telhado, destruiu a caixa d'água e começou a atirar pedras nas casas vizinhas e nas viaturas que chegavam ao local para tentar conter o motim.

Além dos homens do Corpo de Bombeiros, estão no entorno do CEM policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), do Rondas Ostensivas de Natureza Especial (RONE) e do 9º Batalhão da Polícia Militar.

A diretora do CEM, Sheyla Rodrigues, acionou o setor de Inteligência da PM para negociar com os adolescentes.  A nova gestão adotou várias medidas socioeducativas no início deste ano, o que provocou revolta dos internos.

Fonte: Paulo Pincel

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