Esportes

Acusado de estupro nos EUA, CR7 promete colaborar com investigação

Kathryn Mayorga denunciou jogador por abuso sexual em hotel de Las Vegas

Sexta, 11/01/2019 às 14:01



Foto: Reprodução CR7 com a mulher que se diz vítima de estupro em Laas vegas
CR7 com a mulher que se diz vítima de estupro em Laas vegas

Acusado de estupro, Cristiano Ronaldo promete colaborar com as investigações. Diante da acusação de Kathryn Mayorga, o português da Juventus prometeu realizar um exame de DNA para ajudar a polícia americana. A informação foi publicada nesta quinta-feira (10) pelo site TMZ, dos Estados Unidos.

De acordo com a notícia, a defesa de Ronaldo se propôs a colaborar com "100%" com as investigações. Kathryn Mayorga alega que o astro do futebol mundial abusou sexualmente dela em um hotel de Las Vegas, em 2009, após ambos se conhecerem em uma festa; o português, a princípio, tratou o caso como um "espetáculo midiático".

O processo mostra que o português supostamente pagou cerca de R$ 1,5 milhões na cotação atual em troca do silêncio da americana. A história se tornou pública somente no ano passado, e Kathryn Mayorga alega que a suposta agressão sexual de Ronaldo trouxe traumas psicológicos, acumulados pelo período em que se calou.

A acusação de estupro desencadeou outra crítica pública por parte de uma mulher. Ex-participante do Big Brother de Celebridades na Inglaterra, a modelo Jasmine Lennard afirmou que manteve um relacionamento secreto de uma década com o craque da Juventus, no qual acabou submetida a abusos psicológicos e sofreu, supostamente, até ameaças de morte.

A defesa de Cristiano Ronaldo, ao mesmo TMZ, negou qualquer relação amorosa com a britânica.

"O senhor Ronaldo não tem qualquer lembrança específica de conhecer a Srta. Lennard há dez anos ou em qualquer ponto da vida. Ele não teve relacionamento com ela e qualquer contato nos últimos 18 meses, como a Srta. Lennard sugere", disse, em comunicado, a defesa de Cristiano Ronaldo.
O português vai entrar com um processo contra Lennard, que usou as redes sociais para realizar as acusações contra o camisa 7 da Juve.

O processo diz que Ronaldo encontrou a mulher no Palms Hotel and Casino em 13 de junho de 2009. O jogador a convidou, junto com uma amiga e outras pessoas, para sua suíte e chamou Mayorga para a jacuzzi, oferecendo uma camiseta e bermuda para ela.

A mulher se trocou, e o português pediu que ela fizesse sexo oral. Mayorga se recusou, e Ronaldo a levou para a cama e a estuprou enquanto ela gritava "não, não, não". O processo ainda diz que a vítima reportou o ocorrido à polícia e foi examinada em um hospital.

Segundo o processo, inicialmente, ela se recusou a identificar Ronaldo para a polícia, com medo de ser humilhada publicamente. Semanas depois, Mayorga falou o nome do jogador à polícia, e um detetive disse que ela seria submetida a retaliação e suas ações retratadas como tentativas de extorsão, de acordo com o processo. O mesmo foi dito por uma enfermeira.

"O trauma psicológico da agressão sexual, o medo de humilhação pública e a retaliação da polícia e dos médicos a deixaram apavorada e incapaz de agir ou se defender", diz o processo.

O documento também fala que Ronaldo contratou uma equipe para monitorar Mayorga, seus amigos e sua família para prevenir a divulgação pública das alegações. O processo também acusa Ronaldo de causar sofrimento emocional e abuso de pessoa vulnerável.

De acordo com o processo, a vítima se manteve em silêncio, sua saúde emocional foi prejudicada pelo estresse, e ela diz que lutou para manter relacionamentos e empregos.

Cristiano Ronaldo com Kathryn Mayorga em Las Vega
Cristiano Ronaldo com Kathryn Mayorga em Las Vegas 
                           [Foto: Reprodução/Google]
 

Sexo anal

A americana Kathryn Mayorga, 34, que acusa o jogador de futebol Cristiano Ronaldo de estupro, deu detalhes do suposto crime em entrevista à revista alemã Der Spiegel

Mayorga afirma que o caso teria ocorrido em junho de 2009, depois que os dois se conheceram numa casa noturna de Las Vegas, nos EUA. À época, Cristiano tinha 24 anos e estava se transferindo do Manchester United para o Real Madrid.

No início do ano seguinte, 2010, foi assinado um acordo entre as partes, no qual Cristiano se comprometeu a pagar US$ 375 mil (R$ 1,5 milhão em valores de hoje) à suposta vítima, que, por sua vez, nunca mais falaria sobre o ocorrido.

A Spiegel já havia publicado sobre o caso há um ano e meio, usando como base documentos cedidos pela plataforma digital Football Leaks. À época, porém, Mayorga seguiu o que o acordo determinava e se recusou a falar com a imprensa.

Agora, após trocar de advogado e a ver a repercussão do movimento #metoo, no qual mulheres contam histórias de abusos sofridos, ela resolveu dar detalhes sobre o caso.

Mayorga  teria conhecido Cristiano numa casa noturna, onde os dois teriam apenas conversado e ela teria lhe dado seu número de telefone.

Logo depois, porém, Cristiano teria lhe enviado uma mensagem a convidando para uma festa em sua suíte no Palms Casino Hotel, um dos mais exclusivos da cidade.

Ela então teria ido ao local com uma amiga. Cristiano teria lhe oferecido roupas de banho para entrar na jacuzzi. Ela foi se trocar e ele a teria seguido até o banheiro, onde entrou, segundo ela, com o pênis para fora da bermuda e pedindo para que ela o tocasse e o chupasse. Ela teria se recusado e concordado apenas em lhe dar um beijo.

Depois do beijo, porém, Cristiano teria começado a tocá-la. Segundo Mayorga, ela falou "não" repetidas vezes e um amigo do jogador teria aparecido no quarto e perguntado o que estava acontecendo. Ele então teria parado com os avanços.

Quando o amigo foi embora, porém, Cristiano teria a puxado para o quarto e ela, mais uma vez, dito que não estava interessada em fazer sexo com ele. Ele teria tentado tirar sua calcinha e ela usou a mão para proteger a vagina.

Cristiano, então, teria feito sexo anal à força com Mayorga. Ela diz ter quase certeza que, depois disso, o jogador pediu desculpas ou perguntou se ela estava machucada.

Depois, de joelhos, Cristiano teria dito ser uma pessoa boa em 99% do tempo, mas não saber o que acontece com o 1% restante. 

Cristiano Ronaldo nega categoricamente as acusações e diz que o sexo foi consensual. Seus advogados prometeram, inclusive, processar a revista alemã  por ter publicado sobre o caso.

Em comunicado, a Gestifute, empresa que cuida da gestão da carreira de Cristiano, chamou as alegações de Mayorga de "denúncia inadmissível de suspeitas na área da privacidade" .


 

Fonte: Folhapress

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: