Acordo de paz com as Farc faz um ano com aviso a dissidentes

Presidente afirmou que os membros das Farc que se uniram a traficantes conhecerão "a força do Exército da Colômbia"


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Imagem Ilustrativa Foto: Reprodução

Há exatos 365 dias, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) assinava um acordo de paz com o governo colombiano. O documento, que vinha sendo negociado pelo presidente Juan Manuel Santos, mudou as regras de um conflito armado que durava 53 anos, fez mais de 220 mil mortos e deixou 60 mil desaparecidos.

Imediatamente após a assinatura, nas contas da Unidade para as Vítimas (UV), diminuíram as mortes causadas por conflitos entre guerrilheiros, paramilitares, soldados e traficantes. A média de 3 mil vítimas por ano passou para 78, em 2016. Sete mil dos quase 12 mil integrantes das Farc entregaram as armas, o que retirou 8.994 fuzis das ruas - o armamento foi recolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Santos, que foi honrado com o Prêmio Nobel da Paz de 2016, graças ao acordo, sabe, no entanto, que a situação está longe de ser a ideal. Em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira (23), o presidente afirmou que os membros das Farc que se uniram a traficantes conhecerão "a força do Exército da Colômbia".

Partido dos ex-Farc, a Força Alternativa Revolucionária do Comum também condenou publicamente os que não abandonaram as armas. "Vamos jogar tudo sobre esses dissidentes", disse o presidente Santos. "Não haverá hesitação".

Conforme a Sputnik News, o mandatário colombiano afirmou que o número de dissidentes é menor que o usual (15%) em acordos deste tipo. Relatório da Anistia Internacional apontou que apesar de uma redução no número de morte de civis, o conflito continua em várias partes do país devido à presença de grupos criminosos e do Exército de Libertação Nacional (ELN).

Fonte: Noticias ao minuto

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