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Telefones de vereadores ficam mudos um dia antes do aumento da passagem de ônibus

Quinta - 05/01/2017 às 13:01



Foto: Piauihoje.com Câmara Municipal de Teresina
Câmara Municipal de Teresina

O terremoto de 4,6 graus de magnitude, ocorrido na terça-feira (3), em Teresina, pode ter deixado inoperantes muitos telefones fixos e celulares na capital do Piauí. Pelo menos os telefones da Câmara Municipal e os celulares dos vereadores parecem ter entrado em “pane”: não atendem ou estão fora de área ou desligados.

A situação, de mais completo silêncio, piorou hoje (5), um dia antes de entrar em vigor o reajuste do preço da passagem de ônibus em Teresina. A tarifa sobe a partir da 0h desta sexta-feira: de R$ 2,75 para 3,30. 

O portal piauihoje.com ligou para tentar ouvir alguns dos vereadores – novos e reeleitos - desde às 8h desta quinta-feira, mas nenhuma ligação foi completada. A redação ligou para os celulares, mas não conseguiu contato. Foram cinco dos 25 vereadores da base de sustentação do prefeito Firmino Filho, que autorizou o aumento, e três dos quatro vereadores de oposição.

Uma das poucas vozes que se manifestaram contra o reajuste da tarifa de transporte publico na capital do Piauí foi a vereadora Maria Aparecida Oliveira Moura Santiago, a “Cida”, do PHS. Ela considerou irresponsável o aumento autorizado pelo prefeito.

O vereador Edson Melo (PSDB), que disputa com a vereadora Graça Amorim (PMB) a função de líder do prefeito Firmino Filho na Câmara Municipal, devolveu no mesmo tom a declaração de Cida. Edson Melo disse que “irresponsável é um vereador de oposição ficar fazendo esse tipo de acusação”.

Ar condicionado

Cida Santiago foi a autora do projeto de lei que obrigava as empresas de ônibus urbanos de Teresina a climatizar toda a frota circulante na capital, onde a temperatura média é de 34°C. A proposta de Cida acabou derrotada pela tropa de choque de Firmino Filho na Câmara.

Demagogia

Edson Melo avisou que propostas como a apresentada pela vereadora Cida, que não passam de demagogia, não vão sequer ser votadas em plenário a partir da atual Legislatura. “Esse tipo de projeto não vai nem a plenário. Será arquivado ainda na Comissão de Legislação e Justiça por serem inconstitucionais”.

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Paulo Pincel

Paulo Pincel

Paulo Barros é formado em Comunicação Social-Jornalismo/UFPI; com Especialização em Marketing e Jornalismo Político/Instituto Camilo Filho

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