Filosofia de Vida

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Nova medida do MEC que pode proibir celulares em escolas é eficaz?

As tecnologias surgiram com muita velocidade e fazem parte do nosso dia a dia, mas ninguém aprendeu a usá-las adequadamente, afirma o Pós PhD em neurociências Dr. Fabiano de Abreu Agrela

Fabiano de Abreu

Terça - 24/09/2024 às 14:23



Foto: Divulgação Proibição de celulares
Proibição de celulares

O Ministério da Educação (MEC) está finalizando os últimos detalhes para anunciar, em outubro, um projeto de lei que visa proibir o uso de celulares em escolas públicas e privadas no Brasil. Segundo o MEC, essa iniciativa oferecerá segurança jurídica para estados e municípios que já estavam discutindo a proibição ainda sem data exata de divulgação. 

Em julho, a Unesco publicou um relatório sugerindo que celulares sejam banidos das escolas, destacando que restrições semelhantes já existem em países como França, EUA, Finlândia, Itália, Espanha, Portugal, Holanda, Canadá, Suíça e México.

O que outros países já fazem sobre o assunto?

Na França, o uso de celulares é proibido nas escolas para alunos de até 15 anos desde 2018, embora alguns ainda resistam a entregar os aparelhos. Na Holanda, desde 1º de janeiro, celulares e outros dispositivos eletrônicos estão banidos, exceto quando relacionados às aulas. 

Na China, desde 2021, os alunos não podem levar smartphones, e os pais devem solicitar permissão para isso. Já a Finlândia também discute medidas contra celulares nas escolas, com várias cidades já implementando proibições e o governo preparando uma nova lei.

É preciso mais que apenas proibir, é preciso educar

De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, precursor em alertar sobre o tema em artigos, entrevistas e matérias desde 2018, apenas proibir o uso de celulares não é o suficiente, apesar de já ser um grande passo.

"O uso de dispositivos móveis na escola prejudica o aprendizado e contribui para aumentar casos de ansiedade, dificuldade de manter o foco e facilita o desenvolvimento de vícios, por isso, não basta apenas limitar a certos horários ou a certas idades, é preciso que seja uma proibição mais ampla".

"Mas apenas proibir não é o mais importante, é fundamental incluir outras medidas, como educar os pais a como lidar com o uso de tecnologia pelos filhos, pois de nada adianta proibir nas escolas e eles serem usados em todas as horas em que estão em casa, por exemplo".

"Também seria muito bom incluir disciplinas ou conteúdos nas grades curriculares que ensinassem os alunos a usarem de forma controlada a tecnologia, esses dispositivos estão presentes na maior parte do nosso dia a dia, mas nunca aprendemos sobre o uso responsável deles", alerta Dr. Fabiano.

Fabiano de Abreu

Fabiano de Abreu

Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues é PhD em Neurociências; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências; Mestre em Psicologia; Mestre em Psicanálise com formações em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filósofo, Jornalista, Especialização em Programação em Python, Inteligência Artificial e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Membro ativo da Redilat - La Red de Investigadores Latinoamericanos; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Professor e investigador cientista na Universidad Santander de México, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da FENS, Federação Européia de Neurociências; Membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associação e sociedades de pessoas de alto QI, esta última TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.
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